O jejum intermitente e a dieta cetogênica são duas estratégias diferentes, mas que se complementam de forma poderosa.
Quando bem combinadas, elas aceleram o processo de queima de gordura, aumentam a energia mental e ajudam o corpo a entrar e permanecer em cetose com mais facilidade.
Se você já segue uma dieta cetogênica, entender como o jejum atua pode transformar seus resultados.
O que é o jejum intermitente
O jejum intermitente não é uma dieta, e sim um estilo de alimentação baseado em períodos de pausa.
Durante o jejum, você passa um tempo sem comer — mas continua se hidratando, aqui entra água, pode colocar uma pitada de sal, chás sem açúcar e café — e depois faz suas refeições em uma janela de alimentação.
O modelo mais comum é o 16/8, com 16 horas em jejum e 8 horas para comer, mas há variações como 18/6, 20/4 e até jejuns mais longos.
A ideia central é simples: dar tempo para o corpo usar a gordura armazenada como energia, em vez de depender constantemente da glicose dos alimentos.
Como o jejum intermitente estimula a cetose
Durante o jejum, os níveis de glicose e insulina no sangue caem.
Com menos glicose disponível, o corpo precisa buscar uma nova fonte de energia — e começa a transformar gordura em corpos cetônicos.
Esse é o mesmo princípio da dieta cetogênica.
A diferença é que o jejum acelera esse processo, pois força o corpo a entrar em cetose de forma natural.
Por isso, quem combina as duas estratégias (jejum + cetogênica) costuma alcançar a cetose mais rápido e com mais estabilidade, além de sentir menos fome e mais clareza mental.
Em resumo: o jejum intermitente é um atalho para a cetose.
Benefícios da combinação jejum + cetogênica
Essa dupla tem um efeito sinérgico no metabolismo.
Veja os principais benefícios relatados por quem adota essa rotina:
Entrada mais rápida na cetose: o corpo gasta as reservas de glicogênio e passa a usar gordura como combustível.
Maior queima de gordura corporal: a ausência de picos de insulina favorece a lipólise (uso da gordura como energia).
Menor fome e mais saciedade: o equilíbrio hormonal reduz a necessidade de beliscar o tempo todo.
Mais energia e foco mental: as cetonas são uma fonte de energia limpa para o cérebro.
Melhor sensibilidade à insulina: ajuda a prevenir resistência insulínica e melhora o metabolismo da glicose.
Esses benefícios aparecem gradualmente e ficam mais consistentes conforme o corpo se adapta ao novo padrão.
Como iniciar o jejum intermitente dentro da dieta cetogênica
Se você já faz cetogênica, começar o jejum é mais simples do que parece.
A cetose natural da dieta já reduz a fome, então estender o tempo entre as refeições se torna algo leve.
Comece aos poucos:
Inicie com um jejum de 12 horas (por exemplo, jantar às 20h e café da manhã às 8h).
Depois, aumente gradualmente para 14h ou 16h.
Respeite os sinais do seu corpo — o jejum deve ser confortável, não um castigo.
Durante o jejum, beba bastante água, café sem açúcar, chá.
Evite qualquer bebida adoçada, mesmo que seja “zero”.
Aproveite e reduza ao máximo industrializados de sua alimentação, sua saúde agradece.
Ao quebrar o jejum, prefira alimentos limpos, ricos em gordura boa e proteína de qualidade:
ovos, abacate, azeite, carnes, peixes e vegetais com pouco amido.
Cuidados e sinais de alerta
Apesar de seguro para a maioria das pessoas, o jejum intermitente não é indicado para todos.
Evite ou procure acompanhamento profissional se você:
tem diabetes tipo 1,
distúrbios alimentares,
está grávida ou amamentando,
ou faz uso de medicamentos contínuos que exigem alimentação regular.
E lembre-se: o objetivo do jejum não é sofrer de fome, e sim permitir que o corpo use suas reservas de energia de forma inteligente.
Meu jejum de hoje
Hoje finalizei um jejum de 40 horas, que encerrei no almoço com energia total e clareza mental.
Gravei o vídeo logo após meu treino, quando estava com cerca de 34 horas de jejum — mas no vídeo mencionei 32h.
A matemática falhou, e tudo bem: faz parte do processo real, sem roteiros nem filtros.
Durante esse período, consumi apenas água, café sem açúcar e eletrólitos naturais.
Costumo preparar um litro de água com uma pitada de sal integral — uso o rosa, mas o de Mossoró também é uma ótima opção.
O importante é escolher marcas de confiança, porque infelizmente há casos de falsificação em produtos vendidos a granel.
Na lista de ingredientes, o ideal é conter apenas cloreto de sódio e minerais naturais, como magnésio, potássio e cálcio— sem aditivos, corantes ou antiumectantes.
A água com sal durante o jejum ajuda a repor eletrólitos, evitar dores de cabeça e reduzir aquela sensação de fraqueza que pode aparecer nas primeiras horas.
Além disso, ela mantém o equilíbrio hídrico do corpo, já que ao entrar em cetose o organismo elimina mais água e sais minerais.
No vídeo abaixo, mostro como foi o processo e falo um pouco sobre como mantenho performance mesmo em jejum prolongado.
Como quebrei o jejum de forma correta

O que eu comi depois do jejum intermitente
Aqui está como eu quebrei o jejum — e por que essa combinação faz tanto sentido depois de 40 horas sem comer.
Comecei com duas fatias de bacon, que além de sabor e gordura animal trazem sódio natural, essencial para repor eletrólitos.
Incluí um quarto de abacate, uma das melhores fontes de potássio, gordura boa e fibra — ajuda na saciedade e no equilíbrio hídrico.
O prato principal foi 300g de Denver steak, uma carne com alta densidade proteica e creatina natural, ideal para a recuperação muscular depois do treino.
Acompanhei com um toque de molho mostarda Dijon e nata, que trazem gordura boa, textura e sabor marcante, ajudando a prolongar a sensação de saciedade.
Fechando o prato, meio pimentão grelhado na manteiga, que oferece fibras, antioxidantes e micronutrientes, além de aproveitar a gordura boa para melhorar a absorção desses nutrientes.
Essa refeição reúne tudo o que o corpo precisa após um jejum prolongado: gorduras boas, proteína de alta qualidade, sódio, potássio, digestão lenta e alimentos de verdade.
Nada de picos de insulina, nada de alimentos processados — apenas energia limpa e nutrição real.
Depois de 40 horas, o foco é reativar o metabolismo com equilíbrio, e essa refeição faz isso com maestria: mantém a cetose ativa, repõe eletrólitos naturalmente, ajuda na recuperação muscular e ainda traz saciedade duradoura.
Se você for quebrar um jejum longo, lembre-se: evite frutas doces, pratos muito volumosos ou carboidratos simples logo de cara.
Prefira comer devagar, incluir um pouco de sal natural e escolher alimentos de digestão leve e nutritiva.
Foi exatamente isso que fiz — e o corpo respondeu da melhor forma possível.

Como quebrar o jejum intermitente da forma correta
Jejum Intermitente e Dieta Cetogênica
Combinar jejum intermitente e dieta cetogênica é uma das formas mais eficientes de potencializar a queima de gordura e melhorar a performance mental.
É uma abordagem simples, natural e que respeita o funcionamento do corpo.
Se você está começando agora, comece devagar, ajuste sua janela de alimentação e mantenha o foco em comida de verdade.
Com o tempo, o jejum deixa de ser uma “estratégia” e se torna parte da rotina — um estilo de vida.
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